São coisas boas, estas que acontecem sem esperar. Envolvem-me com força e retraem-me com impulsão. Os pensamentos ajudam e dificultam-me a respiração. Ofegante de tanto pensar e pouco fazer, não tenho medo, ou aliás, se o tenho já o temo há mais que o tempo que tenho perdido a ponderar. É de mim, este medo que me faz assim. És de dramas, um pouco teatro e exageros, mas exagera porque eu gosto, ou melhor, não os nego. Beija-me e diz que me queres mais, grita-me que não queres que pare, somente com sinais. Desperta-me esta parte de mim, que se enjaulou algures cá dentro. Puxa-a, puxa-a com força e não a deixes apodrecer cá fora, ao relento.
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