Entrego-me tanto que pareço uma caixa, enviada por um estafeta com mão acanhadas e com pouca experiência. Entrego-me tanto que, quando devolvida ao remetente, tremo por ter medo de cair, mesmo estando tu lá para me agarrares, e agarras-me assinando-me como tua e eu vou e fico guardada num canto do teu armário a ganhar uma camada de pó que se alastra, juntamente com a tua vontade inédita de me abrires mas não me quereres ver por seres covarde, por teres medo de me perder.
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