perco-me em ti todas as manhãs.
o cheiro que sinto ao acordar já não é suficiente para distinguir se sou eu ou se ainda és tu em mim. olho-te (e admiro-te) ainda a dormir e tão bem que ficas a respirar em cima do quadro que naquele momento fazia de cama.
quero dizer-te que já nada me fazia sentido se não estivesses aqui comigo, suado nos meus lençóis, sussurar-te que não vou deixar que a baba seque nos meus lábios, gritar-te para que nunca deixes de me dar o prazer que só tu sabes, pedir-te que acredites comigo que isto vai durar mais uns anos. quero tudo, quero tanto e vontade não me falta, mas estás tão despenteado e sereno que nem por nada te acordo.
sou louca. devo estar louca. é isto o amor? loucura em forma de corpo? de prazer? de suor? se for, quero estar louca contigo para sempre. e que o manicómio não nos vença a loucura de nos amarmos sem saber.
respiro fundo e fecho os olhos. estou completamente perdida. em ti, por ti, por nós.
perco-me em ti todas as manhãs e de todas as vezes que me procuro sei que te vou encontrar a ti, perdido em mim também quando ambos abrirmos os olhos daqui a uns minutos.
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