segunda-feira, 21 de julho de 2014

histórias de alguém que não eu

O dia nascia e tu não acreditavas. Baseavas-te tanto em factos que mais tarde acabaste por confirmar que nem eles próprios existiam.

Não acreditavas que o Sol estava a nascer, como também não eras capaz de acreditar que o desejo em mim de te querer na minha vida, por este e mais uma mão cheia de ti e de anos, ia crescendo à medida que a noite se aproximava. Não acreditavas e nem sequer quiseste olhar para cima quanto te apontei para as cores que estampavam o céu.

Foste cego sem o seres, os factos taparam-te a vista e tu ignoraste, tal e qual como fazias comigo, não é verdade?

Tu cegado pela realidade e eu deslumbrada com o mundo, fomos opositores durante aquele tempo em que o Sol vinha e não vinha. Os ramos tapavam-me a visão, vim a saber mais tarde por ti quando já o Sol estava encolhido entre diversas nuvens.
E eu acreditei, tantos factos ditados, um deles tinha que ser verdade.
Mas sem saber, fiquei cega e acho que aconteceu logo depois de ter acreditado que uma dúzia de ramos não te deixou veres o mesmo Sol que eu, naquela manhã.

Fiquei cega, e fiquei pior que tu. A pior cegueira é a do amor, não é verdade?

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