De todas as vezes que te olhava, eu sabia que tinhas mais do mim do que eu mesma. Dar tanto a alguém era um absurdo, e apesar de o saber, ingénua, acreditava que era possível. Esperei, embora não quisesse, pelos pedaços com que ficaste, mas que nunca me devolveste. Foste egoísta e não mos deste de volta. Não queria esperar que mos desses porque esperava ainda os ter, mas com a passagem do tempo, apercebi-me que tinham fugido contigo. Nunca mais mos deste, e eu também não os esperava voltar a ter, na realidade eles eram teus por direito e eu jamais te exigiria algo que não podias, fisicamente, dar. Esse teu ato de loucura e ego revoltado, fez de mim cobaia do mundo, do teu "amor". Deixaste-me sem nada para além da carne que trago como fardo, vestida todos os dias.
Fiquei sem nada, tu tinhas tudo quanto era meu.
Mas sabes? Agora que observo o quadro todo de longe, foi a melhor coisa que me pudeste fazer: ficar com o que de mim restou, porque enquanto tu sofrias sozinho pelos dois, agarrado ao que de mim era passado, eu fui capaz de sorrir com alguém ao meu lado que me ajudou a montar novos pedaços de mim para o futuro.
Fiquei sem nada, tu tinhas tudo quanto era meu.
Mas sabes? Agora que observo o quadro todo de longe, foi a melhor coisa que me pudeste fazer: ficar com o que de mim restou, porque enquanto tu sofrias sozinho pelos dois, agarrado ao que de mim era passado, eu fui capaz de sorrir com alguém ao meu lado que me ajudou a montar novos pedaços de mim para o futuro.
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