Nunca um amor me soube tão bem nos lábios como aquele que me dás. Esperaste e eu esperei contigo, sentada num banco junto a um jardim, por um amor que viria a seu tempo. Sem grandes porquês ouvíamos a mesma melodia, e ambos gostávamos sem mentir. A chuva podia passar, o vento, o sol, as nuvens, trovoada, mas o banco permanecia lá, e nós permanecíamos lá também, com ele, ao som de músicas que me ressoavam como o bater de um coração. Ríamos e eu gostava que te risses, embora não te desse certezas. O teu sorriso era calor, quando o que nos envolvia era frio e neblina. E a tua voz... a tua voz reconfortava-me. Reconfortava-me de tal maneira, que o mundo, naquele momento, me pareceu ser uma casa. A nossa casa.
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