Passados todos estes dias, fiz frente ao espelho com olhar miúdo e expectante.
Observei então, o reflexo nele exposto, analisando pormenorizadamente a figura ingénua que surgiu diante o meu olhar. Aferi, quase que imediatamente, que este fora delineado pelo tempo, moldado pelos sentimentos ressentidos de um passado que ainda não foi deixado. A notória sobre-exploração emocional, deixou-o desgastado, irreconhecível a olhos nus. Não sou eu, o reflexo do espelho, é sim uma pequena parte de mim que deixaste ficar para trás quando decidiste partir, e não voltar. Já não me reconheço nisto que reflectido está e que, por exclusões de partes, penso ser eu.
Agora é que parei para olhar este post com mais atenção. Está tão perfeito. A sério. Tão perfeito. consigo entender-te tão bem - há pessoas que têm em nós tanta importância que, quando damos por ela, já são pedaços de nós (que tanto nos podem fazer bem, como magoar de modo assim). E escreves tão bem, a sério.
ResponderEliminarDeixa-me muito feliz receber este tipo de feedbacks e saber que alguém é capaz de me compreender, porque é exactamente para isso mesmo que escrevo, para expôr o que sinto em palavras. Agradeço-te imenso! :)
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