Sempre quis ter paciência, mas com o tempo a esperança de a ter esvoaça, tal e qual como as folhas que caem das árvores pelo Outono, devido a uma rabanada de vento mais forte.
Gostava de a ter para escrever cartas. Escrevê-las a todas aquelas pessoas que estiveram sempre ao meu lado e que me dão vontade de dedicar 10 minutos da minha vida, somente, para pensar nelas.
Se a tivesse, fá-lo-ia de forma a tentar agradecer tudo aquilo que elas, por mim, fizeram e certamente, fazem. Talvez, através da escrita, tudo se tornaria tudo mais claro. Mais colorido e simples. Desembaraçar de uma vez por todas tudo aquilo que sentia mas que não explodiu, em palavras. Frases. Letras e sinais de pontuação.
Talvez nelas admitisse os meus sentimentos, os meus receios, os meus ódios, os meus sonhos, àquela meia dúzia de pessoas.
Conseguiriam elas suportar o que escrevia nas cartas?
Conseguiriam elas compreender que um apontar de erros, nelas escritas, fosse somente um aviso?
Não. Talvez não... Talvez nunca iria conseguir entregá-las, talvez nunca sairiam do papel ou da caixa que as resguardaria... Talvez não seja tão corajosa como em tempos fui.
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